Perdoe minha indecência e incapacidade de amar.

Querido, não queria que as coisas acabassem assim. Não queria que tudo acabasse com uma insignificante frase.
Vivemos momentos extraordinários, entretanto não consigo listá-los, não consigo buscá-los em minha memória, é como se houvessem oceanos entre nós.
Perdoe minha indecência e incapacidade de amar.

Eu te amei. É claro que te amei. 

Mas tudo transformou-se em ruínas, como um castelo medieval abandonado, vivendo apenas de recordações. Mas nem recordações sou capaz de ter.
Meu amor por ti foi fugaz.
Ontem tu eras o meu universo, único e inatingível. Hoje, não chegas a ser pó estelar vagando por órbitas infinitas e inimagináveis.

Tu não respeitante meu espaço. 
Violaste meus mais obscuros pensamentos. como poderia eu amar alguém assim?
falaste as mais rudes palavras para dilacerar-me. e quer saber? tu finalmente conseguiste satisfazer teu ego.
O rio pelo qual percorria nosso barco, secou.
O vento no qual voávamos juntos, parou de soprar.
E o meu coração cujo teu amor drenava, parou de bater aos poucos.

Disseste, arrependido, que não conseguisse viver sem mim. Não vias tuas memórias sem vivê-las ao meu lado.
Tudo o que tenho a lhe pedir e dizer é desculpas e boa viagem.

Hoje tu me amas um monte. 
Amanhã me amará menos.
Na semana seguinte, terás um pequeno sentimento. 
Passado-se um ano, estarás com outro alguém.
Assim é o amor.
não sendo praticado, cai no esquecimento.
Vira lembrança.
Vira pó.
E por fim, vira nada.


(Texto: Beatriz Fachinetti)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Minhas Series Favoritas

Promoção de maquiagens.